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A VERDADE SOBRE A ELEIÇÃO DA MESA DIRETORA DA CÂMARA PARA 2024

Aquilo que ninguém conta, mas que a gente prova

A Câmara Municipal é um dos principais órgãos que podem fiscalizar a prefeitura. A mesa diretora é composta por 5 vereadores, que decidem a administração, os cargos, a pauta de discussões e as regras que vigoram na Casa de Leis.

A verdade é uma só: o atual prefeito queria manter o controle que teve nos últimos anos sobre a mesa diretora. Mas perdeu, justamente naquele que será o último dos seus 6 anos de vergonhoso governo.

A Bancada da Independência, que reúne os principais opositores ao prefeito, conseguiu 2 cargos na mesa diretora. Entre estes cargos, a primeira secretaria, que faz a pauta das sessões. Isso foi possível graças a articulação política feita também com ex-aliados da base e componentes divergentes.

Mas, da mesma forma que um relatório investigativo, vamos mostrar os fatos, não só palavras. Assim, trazemos as provas de tudo que estamos dizendo.

Primeiro: o desespero dos aliados do prefeito, desmascarado pelo tempo. Como eles controlavam a mesa diretora até a última eleição, não começavam a sessão de eleição até confirmarem que tinham todos os votos. Então, vejamos o que houve: para 2021 e para 2022, a eleição da mesa diretora começou com pouco mais de meia hora de atraso, por questões de presença ou arranjo de plenário. Ou seja, como tinham certeza que iam vencer, não atrasavam tanto. Para 2023, quando já tiveram dificuldades, demoraram quase uma hora para iniciar a sessão, tentando de todo jeito arrumar votos e imaginar uma manobra para levar a mesa diretora. Para 2024, sabendo que a derrota era certa, ainda tentaram obrigar alguns vereadores a votar no candidato do prefeito até a última hora e, então, só iniciaram a eleição quando sabiam que já estava perdido. De novo, com quase uma hora de atraso. Se não começassem, poderiam ter (mais) problemas com a justiça. Tudo isso está nos vídeos públicos disponibilizados pela Câmara.

Segundo: o arranjo da mesa diretora revelava a (in)capacidade de fiscalizar. Como tinham maioria de votos, os aliados do prefeito jamais colocavam qualquer membro da Bancada da Independência na mesa diretora. Afinal de contas, um membro do principal bloco de oposição iria acompanhar as pautas e participar de reuniões em que poderia detectar as intenções da gestão da prefeitura. Aí, sem concordar, poderia causar dificuldades para o prefeito e seus aliados. Assim, quem quiser olhar, verá que, em 2021, 2022 e 2023, jamais houve componentes ativos da Bancada da Independência na mesa diretora. Para 2024, das 3 secretarias da mesa, 2 delas (a primeira e a segunda) serão controladas por membros da Bancada da Independência. O fato é simples: verificando que a gestão da prefeitura não se importava em nada com a população e ainda menosprezava o Poder Legislativo, alguns dos ex-aliados do prefeito, assim como alguns divergentes, entenderam que era hora de dar um recado de liberdade e, assim, somaram votos com a Bancada da Independência, que sempre lutou pela autonomia da Câmara.

Terceiro: a desistência deles diante da derrota. Ainda que falassem algo diferente, é mais uma prova de que não quiseram dar o braço a torcer: eles nem concorreram. Nas eleições anteriores para a mesa diretora, os aliados do prefeito sempre montavam uma chapa (sabiam que iam ganhar), concorrendo contra a Bancada da Independência. Dessa vez, para 2024, como a chapa composta pela Bancada da Independência já garantia 2 secretarias da mesa e contava com mais votos, tentaram mais manobras para que os votos dos independentes não permanecessem juntos. A tentativa deles era mostrar que a Bancada da Independência não teria compromisso, mas se deram mal de novo. Então, os aliados do prefeito trocaram de intenção várias vezes e mal conseguiram se articular. A prova disso é que, no final, nem inscreveram uma chapa. Isso está provado nos registros públicos da Casa. Contra a chapa que continha membros da Bancada da Independência, houve uma chapa de apenas um candidato, que, nas palavras de vários dos vereadores que votaram nele (que votaram primeiro), representava a presidência de 2023, aliada do prefeito. Isso tudo é público. É claro que a Bancada da Independência ficaria do outro lado.

Aqui, falamos apenas de fatos públicos. A prova é inegável.

A prefeitura deixará de mandar na Câmara Municipal, que, rogamos a Deus, passe a ser um espaço independente, de fiscalização, debates e discussão.

Os adversários falam que a Bancada da Independência votou em vereadores que podem ter cometido erros no passado, quando eram aliados do prefeito. É verdade. Mas precisamos lembrar: essa era a única composição que reunia o número de votos que ia contra a gestão da prefeitura que mais envergonhou Formosa em todos os tempos. Se deixássemos, a prefeitura poderia querer manipular a Câmara, por mais um ano. Lembrando que, por mais de 30 vezes neste mandato, a gestão da prefeitura foi desmascarada por ações e operações contra suas irregularidades.

Já passava da hora de a Câmara ter um mínimo de independência funcional, além de mais potência fiscalizatória. A Bancada da Independência garantiu, além do controle da primeira secretaria, que faz a pauta das sessões, uma esperança de que a Câmara Municipal agirá, enfim, sem pedir a bênção de um prefeito que caminha para o final melancólico de sua imunda gestão.

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